quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SEGREDOS DA LUZ E DA MATÉRIA


A LUZ

A notável experiência de decomposição da luz realizada pelo físico inglês Isaac Newton em 1666 mostrou que a luz branca se podia decompor num conjunto de luzes de várias cores. Ficou assim explicado o fenómeno natural do arco-íris. A luz visível é apenas uma pequena parte de um conjunto bastante mais vasto formado pelas ondas da radiação electromagnética: o chamado “espectro electromagnético”. É bem conhecida a utilidade das radiações do espectro electromagnético: as ondas de rádio e televisão assim como as microondas têm aplicações nas telecomunicações, ao passo que os raios X e raios gama têm aplicações médicas tanto em diagnóstico como em terapia.

Em 1800, o físico William Herschel descobriu a luz infravermelha. Ao colocar um termómetro na zona invisível perto da zona vermelha do espectro visível revelou uma nova radiação.

O SOL

O Sol é a principal fonte de luz e de energia na Terra. A actividade solar influenciou decisivamente a geografia do nosso planeta e a vida que aqui evoluiu. Essa mesma actividade solar é variável e, quando é mais violenta, tem efeitos visíveis na Terra, nomeadamente tempestades magnéticas.O Sol brilha por causa da temperatura da sua coroa, que é cerca de 7000 ºC. Essa temperatura corresponde à cor amarelo-alaranjado do Sol.

OS OLHOS

Seria de grande utilidade para os seres vivos desenvolver detectores dos fotões de luz provenientes do Sol. Foi o que fez o ramo animal dos seres vivos: a certa altura no lento processo da evolução “inventaram” os olhos. A maior parte dos animais com olhos tipo câmara têm olhos com lentes, como os vertebrados, ou os polvos e lulas. Uma solução diferente para a visão é a dos olhos compostos dos insectos.


AS CORES


E as cores, como as vemos? Encontramos na retina um tipo de células fotoreceptoras especiais que possibilitam a percepção das cores. Na nossa retina há três tipos de cones que são sensíveis a comprimentos de onda diferentes: azul, verde e vermelho. Ao combinar a informação proveniente desses fotoreceptores, o nosso cérebro é capaz de identificar milhões de cores. Mas os insectos são capazes de ver luz ultravioleta, que nós não vemos. Mas, não vemos apenas com os nossos olhos, mas também com o nosso cérebro!

 
A cor exerce um particular fascínio sobre nós. Desde sempre procurámos utilizar substâncias coloridas para colorir as nossas representações do mundo. Alguns pigmentos, extraídos de minerais ou plantas, são históricos. As primeiras tintas poderão ter sido feitas pelo homem pré-histórico esmagando substâncias coloridas e juntando água. Já as primeiras tintas de escrever foram feitas pelos antigos egípcios e chineses. Muito mais tarde, já na Idade Média, havia vários segredos para fazer tintas, o que notabilizou a escola flamenga.

Hoje, graças aos grandes progressos da química, a grande maioria dos pigmentos utilizados são de origem sintética, o que possibilita uma gama praticamente infinita de cores. Como se obtém qualquer cor a partir das outras? Uma experiência interactiva permite criar cores a partir de três cores básicas, usando o método aditivo – vermelho, verde e azul – como no ecrã de um computador, ou subtrativo – amarelo, azul ciano e magenta – como numa impressora.

O mundo natural está, tal como o mundo artificial, repleto de cores. As belas cores das penas das aves são formadas por pigmentos coloridos, enquanto que as asas de algumas borboletas, têm umas colorações metalizadas que resultam de um fenómeno chamado interferência.

MUSEU DA CIÊNCIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA – SEGREDOS DA LUZ E DA MATÉRIA (texto adaptado).



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