segunda-feira, 26 de abril de 2010

Utilização de notícias de jornal/revistas no ensino das ciências

Será que os alunos conseguem entrar no mundo das ciências, nos seus conceitos? Segundo Shamos (1995), as ciências deviam ser apresentadas aos alunos de uma forma racional e analítica, em termos conceptuais, e não apenas como um conjunto de factos ou verdades absolutas. Através da discussão, os alunos poderão adquirir uma capacidade de apreensão do raciocínio científico, em termos lógicos, indutivos e dedutivos, bem como a noção de método e objectividade. O procedimento proposto pelo autor será a apresentação de tópicos que envolvam problemas relevantes, em termos científicos ou tecnológicos, apenas quando tenham significado para os estudantes.

Nesse contexto, as notícias de jornal ou de revistas parecem ter particular interesse, por abordarem assuntos actuais e, frequentemente, relacionados com os temas propostos nas Orientações Curriculares ou nos Programas das Áreas curriculares. Os excertos de notícias podem proporcionar, aos alunos, aulas com um envolvimento mais activo no processo do ensino e aprendizagem. A utilização de notícias pode, assim, constituir-se um importante recurso para o exercício de uma cidadania informada e responsável, sendo possível a análise e discussão de assuntos científicos com relevância no mundo actual.


Referência bibliográfica:

Shamos, M. (1995). The myth of scientific literacy. Nova Jérsia: Rutgens University Press.



Pmat em Aveiro

Competições Nacionais de Ciência reúnem 1200 escolas - 18 mil alunos aceitaram o desafio do PmatE. Em Aveiro, 27, 28 e 29 deste mês.


domingo, 25 de abril de 2010

Primeiras imagens de alta definição do Sol

O observatório da Dinâmica Solar da NASA (SDO) enviou para a Terra as primeiras imagens de alta definição do Sol. Estas imagens mostram tempestades solares, as quais perturbam os campos electromagnéticos da Terra,  e poderão fornecer pistas  para melhor se compreender como funciona o Sol.


http://www.publico.pt/Ciências/vamos-passar-a-ver-o-sol-em-alta-definicao_1433581

Hubble - há 20 anos no espaço

A observação e caracterização da atmosfera de planetas exteriores ao Sistema Solar, até então quase desconhecidos, foi uma das principais actividades do telescópio Hubble, lançado há 20 anos pelo vaivém espacial norte-americano Discovery.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia 23 de Abril Dia do livro

A ONU cria a Década das Literacias, de 2003 a 2012

"Literacy is a human right, a tool of personal empowerment and a means for social and human development. Educational opportunities depend on literacy.

Literacy is at the heart of basic education for all, and essential for eradicating poverty, reducing child mortality, curbing population growth, achieving gender equality and ensuring sustainable development, peace and democracy. There are good reasons why literacy is at the core of Education for All (EFA).

A good quality basic education equips pupils with literacy skills for life and further learning; literate parents are more likely to send their children to school; literate people are better able to access continuing educational opportunities; and literate societies are better geared to meet pressing development ."


In: http://www.unesco.org/en/literacy/literacy-important/

Literacia científica

A literacia científica é actualmente encarada como um objectivo fundamental da educação em ciências. Várias iniciativas internacionais colocam ênfase no desenvolvimento da literacia científica por parte dos alunos.

Nesse âmbito, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) tem vindo a desenvolver uma estratégia internacional de avaliação dos conhecimentos e competências de alunos, considerados essenciais para a plena participação na sociedade (programa PISA - Programme for International Student Assessment), possibilitando a obtenção de uma base de conhecimentos para a análise e investigação das políticas educativas.

Mas como desenvolver a literacia científica dos cidadãos?

No Relatório Rocard (DGI, 2007) são apresentadas várias recomendações para a melhoria do ensino das ciências, tais como, a aposta em formas de pedagogia inovadoras, baseadas em práticas de investigação, e que consigam aumentar o entusiasmo dos estudantes pelas ciências, e a implementação de redes de professores, potenciadoras de um eficaz desenvolvimento profissional.

Referência Bibliográfica:

DGI (2007). Educação da ciência AGORA: Uma pedagogia renovada para o futuro da Europa. Luxemburgo: Comissão Europeia.

domingo, 18 de abril de 2010

Vulcão na Islândia

“Horas de espera nos aeroportos. O caos está instalado no Norte da Europa e já começa a afectar o resto do continente. Este é o cenário mais visível como consequência da erupção do vulcão do glaciar Eyjafjllajokull, no Sul da Islândia, ocorrida há dois dias. No entanto, a actividade afecta especialmente a saúde pública e traz perigos geológicos."

In «Ciência Hoje», 16-04-2010

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=41744&op=all

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Energia e Ambiente

“A energia é fundamental para as nossas vidas. Sem energia não poderíamos viajar nem ter aquecimento ou ar condicionado nas nossas casas e as fábricas, as explorações agrícolas e os escritórios deixariam de funcionar. Porém, os combustíveis fósseis não só são uma das principais causas do aquecimento do planeta como são finitos, pelo que não podem continuar a ser considerados como algo de adquirido […].” (Fonte: http://europa.eu).



O abastecimento energético mundial depende ainda, essencialmente, dos combustíveis fósseis. O desenvolvimento tecnológico, desde a Revolução Industrial até aos nossos dias, provocou um aumento acentuado do consumo de energia e o aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

A nível internacional é consensual a necessidade de serem adoptadas medidas rapidamente, caso contrário, o planeta sofrerá alterações climáticas irreversíveis. É também consensual que a temperatura não aumente mais de 2ºC, valor que os cientistas consideram constituir o ponto de viragem irreversível. Para este objectivo, é necessário que se utilizem os recursos energéticos de uma forma mais sustentável, que se opte por energias renováveis e que haja empenho em inverter o processo de desflorestação.

De facto, algumas actividades humanas, tais como a utilização de combustíveis fósseis e a destruição das florestas para a obtenção de terras agrícolas, fizeram aumentar os níveis de dióxido de carbono e de outros gases que retêm o calor da atmosfera. A acumulação destes gases potencia o efeito de estufa natural, tornando a Terra mais quente e provocando alterações climáticas. Desta forma, verifica-se uma correlação entre o aumento de CO2 resultante da actividade humana e o aumento da temperatura do planeta.

No sentido de garantir um futuro sustentável a União Europeia estabeleceu alguns objectivos, nomeadamente algumas metas a serem atingidas até 2020, tais como a redução até 20% do consumo de energia previsto, melhorando a eficiência energética, o aumento para 20% da percentagem de energias renováveis no consumo energético e a redução em pelo menos 20% das emissões de gás com efeito estufa.

Até 2050 a UE procura obter mais de 50% da energia utilizada na electricidade e nos sectores industrial, dos transportes e doméstico, a partir de fontes de energia alternativas, tais como a energia eólica, a biomassa, a energia hídrica e solar, os biocombustíveis obtidos a partir de matéria orgânica e a utilização de hidrogénio como combustível.

As energias renováveis – energia eólica, solar (térmica e fotovoltaica), hidráulica, das ondas, geotérmica e de biomassa- constituem uma alternativa aos combustíveis fósseis. A sua utilização permite reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, provenientes da produção e do consumo de energia.





quarta-feira, 7 de abril de 2010

Os media e a cultura científica

Referência bibliográfica:
Bucchi, M. (2002). Science and the media. Londres: Routlegde.

Registo de leitura

Os media e os próprios jornalistas têm vindo a assumir uma importância crescente na cultura científica dos cidadãos, como consequência, pelo menos parcial, do aumento do interesse social das ciências nos nossos dias. Procuram, assim, responder não só à necessidade de divulgação das aquisições e avanços das ciências, sentida pelos próprios cientistas, mas também à crescente curiosidade dos cidadãos neste domínio.

Cria-se, assim, um espaço mediático em que o conhecimento científico é apresentado a audiências mais vastas sob a forma de livros, revistas, filmes, programas de rádio e de televisão. A própria imprensa diária cria secções científicas, documentando os principais eventos na área da Ciência e da Tecnologia, as revistas generalistas, feiras e exposições dedicam um largo espaço à informação sobre os maiores avanços da Ciência. O jornalismo e os jornalistas tornam-se responsáveis pela divulgação do conhecimento científico, o que é visto com certa reserva pelos cientistas, pelo facto de o conhecimento científico se apresentar como um domínio muito especializado, dificilmente entendido pelo público em geral.

Bucchi (2002) cita a este propósito o próprio Einstein, no New York Times, sobre a Teoria da Relatividade, que produziu o seguinte comentário “Não há no mundo mais de uma dúzia de pessoas capazes de entender a minha teoria”. Tornar-se-ia, portanto, necessário uma maior preparação especializada dos jornalistas no sentido de suprimir o lapso entre cientistas e audiências não científicas.

Os próprios cientistas, nas suas formulações, poderão ter em consideração a componente de divulgação; as metáforas e imagens visuais com as quais a teoria científica é apresentada ao público podem tornar-se elementos constitutivos da própria teoria. Por outro lado, a divulgação científica através da imprensa escrita ou televisão poderá contribuir para uma maior informação entre os próprios cientistas. Acresce que as propostas da teoria científica serão avaliadas pelo público em termos da resolução de problemas concretos da sociedade, o que fornecerá aos cientistas novos dados para reanálise e reformulação dessa mesma teoria.



domingo, 4 de abril de 2010

Ensinar Química

A Química mudou muito nos últimos tempos. As divisões clássicas em química analítica, química orgânica, química inorgânica, química física, bioquímica, etc., sofreram evoluções, falando-se hoje mais em ciência dos materiais, nanotecnologia, química computacional, química ambiental, por exemplo. Novos processos de síntese laboratorial e de produção industrial emergem da necessidade da descoberta de novas substâncias para fins específicos, o que leva, desde logo, a uma maior interacção entre a Química e a Engenharia Química (Ribeiro-Claro et al., 2004).

Ora, do que se referiu, a imagem escolar da química não poderá estar alheia aos avanços do conhecimento científico, pelo contrário, deverá estar a par desses avanços. Por outro lado, as novas orientações, resultado da investigação em educação, apontam para que os conceitos científicos, ao nível da ciência escolar, sejam enquadrados num leque vasto de competências, atitudes e valores, e também que os mesmos se englobem numa visão interdisciplinar e transdisciplinar. Assim, os alunos deverão ter oportunidades para investigar, avaliar e decidir sobre questões sociais relacionadas com as ciências, o trabalho cooperativo deverá ser incentivado, a avaliação deverá ter um carácter formativo e educativo.

A importância da História das Ciências e a compreensão dos contextos socioculturais onde emergiu a produção de leis e teorias científicas poderá ajudar os alunos à construção de uma visão mais humanista de ciência e dos cientistas (Ribeiro-Claro et al., 2004).Importa que os alunos percebam que a investigação científica não é um trabalho isolado, mas sim um trabalho de várias pessoas e que muitas vezes têm surgido, no percurso da história, obstáculos ao desenvolvimento das ciências.

A educação não formal, poderá fazer aumentar o interesse pelas ciências, alargar horizontes, tais como a exploração de exposições científicas, museus e instituições.

A atenção aos problemas do futuro, no sentido de um caminho para um desenvolvimento sustentável, e a selecção de alguns aspectos que contribuam para transformação da imagem pública negativa das ciências, são, sem dúvida, pontos importantes que o professor deverá integrar na orientação da sua planificação didáctica.

Referências bibliográficas:

Ribeiro-Claro et al. (2004). Educação em Química e ensino de Química – Perspectivas curriculares. Revista Sociedade Portuguesa de Química, 095 (042), 42 – 45.



Simulação de emissões de dióxido de carbono nos países do mundo

Pode explorar esta simulação em tempo real que apresenta as emissões de CO2 de cada país no mundo, e as taxas de nascimento e morte.

http://www.breathingearth.net/